Plano de testes/Roteiro de testes

Plano de Testes e Roteiro de Testes: Fundamentos da Qualidade de Software

qualidade de um software não é determinada apenas pelo número de funcionalidades que ele entrega, mas principalmente pela confiabilidade, desempenho e segurança com que essas funcionalidades operam. Nesse contexto, os testes de software desempenham um papel fundamental. Duas ferramentas estratégicas nesse processo são o Plano de Testes e o Roteiro de Testes.

O que é um Plano de Testes?

O Plano de Testes é um documento de caráter estratégico que descreve o escopo, a abordagem, os recursos e o cronograma das atividades de teste. Seu objetivo principal é garantir que todos os aspectos do sistema sejam verificados de acordo com os requisitos definidos.

Um bom Plano de Testes responde perguntas como:

  • O que será testado?

  • Como será testado?

  • Quem irá testar?

  • Quais são os critérios de entrada e de saída?

  • Quais ferramentas e ambientes serão utilizados?

  • Quais riscos estão associados aos testes?

Esse documento é essencial para alinhar a equipe de desenvolvimento, os testadores, os gerentes de projeto e até os stakeholders em relação às expectativas de qualidade do produto.

Estrutura básica de um Plano de Testes

Embora possa variar conforme a organização, um Plano de Testes geralmente inclui:

  1. Identificação do software e sua versão

  2. Objetivos dos testes

  3. Escopo (o que será e o que não será testado)

  4. Recursos necessários (equipe, ferramentas, ambientes)

  5. Cronograma das atividades

  6. Critérios de aceitação e saída

  7. Riscos e contingências

  8. Métricas de avaliação

O que é um Roteiro de Testes?

Enquanto o Plano de Testes é mais estratégico, o Roteiro de Testes (ou Procedimento de Testes) é operacional. Ele define os passos detalhados a serem seguidos na execução de cada caso de teste. É como uma receita de bolo: descreve a entrada, as ações a serem realizadas e os resultados esperados.

Um Roteiro de Testes bem elaborado ajuda a garantir que os testes sejam repetíveis e padronizados, facilitando sua execução por diferentes profissionais.

Estrutura de um Roteiro de Testes

Um roteiro típico inclui:

  • Identificação do caso de teste

  • Pré-condições (estado do sistema antes do teste)

  • Passos detalhados de execução

  • Dados de entrada

  • Resultados esperados

  • Resultado obtido (registro após execução)

  • Status (Aprovado/Reprovado)


Ferramentas para Planejamento e Execução de Testes

A tecnologia oferece uma ampla gama de ferramentas para apoiar o planejamento e a execução de testes. A seguir, algumas das mais utilizadas no mercado:

TestLink

  • Ferramenta open-source para gerenciamento de testes.

  • Permite criar e gerenciar Planos e Casos de Testes, associá-los a requisitos e registrar execuções.

  • Integra-se com sistemas como Jira e Mantis.

Xray (para Jira)

  • Um dos plugins mais robustos para gerenciamento de testes dentro do Jira.

  • Suporta a criação de planos, roteiros, execuções e relatórios detalhados.

  • Ideal para equipes ágeis que já usam Jira como ferramenta de gestão.

Zephyr

  • Outra extensão poderosa para o Jira, focada em testes manuais e automatizados.

  • Possui dashboards, relatórios e suporte para automação com ferramentas como Selenium e Jenkins.

qTest

  • Plataforma comercial da Tricentis voltada para equipes grandes e processos complexos.

  • Permite planejamento, execução, rastreamento de defeitos e integração com ferramentas de CI/CD.

TestRail

  • Interface amigável para criação de planos e roteiros de testes.

  • Gera relatórios claros e permite rastrear o progresso das execuções.

  • Suporta integrações com diversas ferramentas de automação e bug tracking.

Excel / Google Sheets

  • Embora sejam soluções genéricas, muitas equipes ainda utilizam planilhas para organizar seus planos e roteiros, especialmente em projetos menores ou em fase inicial.


Conclusão

Investir tempo na elaboração de um Plano e Roteiro de Testes pode parecer, à primeira vista, um esforço burocrático. No entanto, essa organização resulta em produtos de melhor qualidade, redução de custos com correções pós-produção e maior satisfação do cliente. Com o apoio das ferramentas certas, todo o processo se torna mais ágil, rastreável e colaborativo.

Em resumo, testar com método é tão importante quanto desenvolver com qualidade.

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